6 de dezembro de 2010
A Rocinha agora é a bola da vez. Sem frequentar o noticiário policial desde 21 de agosto, quando uma operação policial aparentemente precipitada resultou num confronto com um “bonde” de traficantes em São Conrado, a maior e mais turística favela do Rio volta às manchetes ameaçadoras, que asseguram estar tudo pronto para a “invasão” militar.
Em outubro de 2005, depois de um ano de sucessivos episódios de tiroteios entre bandidos rivais, e entre esses e a polícia, o chefe do tráfico local era morto numa espetacular operação. “Bem te vi não canta mais”, vibrava O Globo em manchete, ecoando a reação do policial. Mas, já no dia seguinte, relatava o surgimento de sucessores do traficante.
Alguma novidade? Nenhuma, nem antes nem agora. Nem por isso o jornal se acanha, e volta à carga, incitando explicitamente a operação militar “redentora”, no mesmo cenário que empresas de turismo vêm explorando há quase vinte anos.
As reportagens a seguir foram feitas em julho de 2007 e mostram alguns aspectos dessa incursão de estrangeiros pelo excitante mundo da periferia social carioca com vista para o mar. São uma forma de recuperar um pouco da memória, num momento em que se cultiva a expectativa de uma nova explosão cinematográfica, às vésperas dos fogos de fim de ano.
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