2 de setembro de 2011
Por Isabel MunizO “twittaço” que os estudantes do Iacs organizaram no dia 24 de agosto para chamar a atenção sobre a falta de segurança deu resultado imediato: equipes de reportagem de emissoras de TV foram aos campi da UFF conversar com os alunos, diversos jornais noticiaram o fato. Mas a mobilização dos estudantes através das redes sociais levou a uma dúvida: manifestações virtuais podem substituir as formas tradicionais de protesto?
Para o estudante de Estudos de Mídia João Fanara, idealizador do site “Crimes em Niterói”, o uso das redes sociais se mostrou uma maneira eficaz de protestar. “Foi uma mudança na forma de reivindicar. Fizemos quase tudo online, sem faixas, sem gritar palavras de ordem, sem jargão, sem quebra-quebra, sem ocupar espaços públicos e interromper o trabalho de ninguém. Foi impressionante que um tema tão batido como o da segurança pública tivesse conseguido um alcance tão grande e de forma tão natural”.
Idealizador do twittaço, o estudante de Jornalismo Élson Júnior cita casos em que a comunicação virtual foi essencial: “a Lei da Ficha limpa é um bom exemplo para isso, foi criada a partir de uma iniciativa popular, basicamente online, e conseguiu milhões de assinaturas até ser promulgada”.
CQC sugere “ir para a rua”
Primeiramente, surgiu a ideia de enviar um documento para a produção do “Proteste Já”, quadro do programa Custe o Que Custar (CQC), da Rede Bandeirantes, em que os repórteres apuram denúncias de omissão do poder público. Como os integrantes do humorístico estão sempre “conectados”, nada melhor que as redes sociais para lhes chamar a atenção.
“À medida que fomos divulgando a hashtag #UFFnoCQC, percebemos que um grande número de estudantes da UFF, de outras universidades e faculdades e os próprios moradores de Niterói começaram a aderir, pois a falta de segurança pública é um problema da sociedade em geral”, relata Élson. O “twittaço” conseguiu chamar a atenção do jornalista Marcelo Tas, um dos principais integrantes do CQC, que postou em sua página na internet: “Agora tem que sair do computador e ir para rua!”
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