Em ano de eleições, debates sobre política se tornaram pauta constante nos meios de comunicação. O eleitor teve a oportunidade de questionar e discutir o mandato dos atuais governantes, pensar sobre o futuro da política no país e conhecer os candidatos. Alguns fenômenos se destacaram e assumiram o protagonismo nestas discussões.
O cenário político brasileiro permite que nas eleições haja um número elevado de partidos políticos e candidatos. Desta forma, a estratégia de alguns candidatos foi tentar se destacar no meio desta multidão. Um exemplo foi a Super Zefa, personagem criada pela advogada Regina Bento. É o que conta a matéria “O humor como 'arma' política: para não ser mais um na multidão”, de Bruno Marques, Luíza Calaça e Nycolas Santana. Sem plataforma política definida, ela apostou na estratégia do excêntrico. “Acredito que a estratégia seja mesmo a de se fazer lembrar, mesmo que pelo aspecto bizarro. Falem mal, mas falem de mim”, explica a professora de Publicidade da Universidade Federal Fluminense (UFF) Andrea Medrado.
Nesta série, o Cadernos de Reportagem repercutiu também a opinião de jovens universitários sobre as declarações polêmicas, em rede nacional, do candidato à Presidência da República Levy Fidelix (PRTB) contra os homossexuais em debates eleitorais. Nas redes sociais, pessoas de todas as idades se dividiram, apoiando ou criticando a postura do presidenciável. Foi a partir do discurso de Fidelix que nasceu a matéria "Discurso contra homossexualidade nas eleições repercute na internet", de autoria de Luísa Verçosa. Usuário do Twitter, Diego Medeiros acredita que o então candidato “só falou o que todos pensam, mas não têm coragem de dizer em rede social”. Já Léo Faria criticou o discurso de Fidelix. “Tem fundamentalista levando a religião para a política e perpetuando isso com discurso de ódio, mesmo que o Estado seja laico”.
Jovens estudantes como Diego e Leo também estão no foco da reportagem “Jovens do 'vem pra rua' não atendem ao chamado do 'vem para as urnas'", de Charles Soares. Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), apenas um quarto da população entre 17 e 18 anos que poderia votar este ano tirou o título de eleitor. Esse fato contraria a expectativa criada após as manifestações de junho de 2013, quando milhares de pessoas foram para as ruas pedir mudanças. "Hoje em dia você assiste à propaganda política e não consegue ouvir propostas. Cada candidato possui uma performance engraçada, chamativa que em nada esclarece sua plataforma ou suas intenções políticas”, disse a estudante Andressa Abelha, aluna da segunda série do ensino médio da FAETEC - Escola Técnica Helber Vignoli Muniz, em Saquarema.
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Vale tudo eleitoral
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