2 de junho de 2012
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Por Carina LamonattoIlustração de Ildo Nascimento
O aluno do Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs) da UFF que achou que a greve seria motivo para ficar em casa de pernas para o ar estava completamente enganado. Durante o período de paralisação, serão realizadas no Instituto atividades promovidas por professores e pelo movimento estudantil. Essa é a oportunidade de parar para refletir e entender o que realmente significa a greve, em vez de só reclamar nas redes sociais.
A greve de professores foi deflagrada na UFF na quinta-feira, 17, em votação no auditório Florestan Fernandes, na Faculdade de Educação. Cento e vinte professores votaram a favor da greve, que começou no dia 22 de maio. Os estudantes resolveram apoiar o movimento numa assembleia que lotou o bandejão do Gragoatá no dia 21. Professores e estudantes lutam por melhorias nas condições do ensino superior.
Os professores de Comunicação decidiram aderir à greve, mas de modo ativo: o período de pausa nas aulas vai ser o momento de realizar discussões e debates a fim de esclarecer assuntos relativos àparalisação e aos problemas do ensino público.“Às vezes nem nós, professores, sabemos por que a situação chegou a esse ponto”, explicou o professor de publicidade Guilherme Nery, idealizador da primeira palestra no Iacs.
A greve de professores foi deflagrada na UFF na quinta-feira, 17, em votação no auditório Florestan Fernandes, na Faculdade de Educação. Cento e vinte professores votaram a favor da greve, que começou no dia 22 de maio. Os estudantes resolveram apoiar o movimento numa assembleia que lotou o bandejão do Gragoatá no dia 21. Professores e estudantes lutam por melhorias nas condições do ensino superior.
Os professores de Comunicação decidiram aderir à greve, mas de modo ativo: o período de pausa nas aulas vai ser o momento de realizar discussões e debates a fim de esclarecer assuntos relativos àparalisação e aos problemas do ensino público.“Às vezes nem nós, professores, sabemos por que a situação chegou a esse ponto”, explicou o professor de publicidade Guilherme Nery, idealizador da primeira palestra no Iacs.
Foto: Vinícius Damazio
A palestra foi com a professora Andréa Vale, que é pós-doutora em Políticas Públicas e Formação Humana. Andréa explicou que, para compreender o trabalho docente, é preciso entender as políticas de educação, e que só podemos entender essas políticas se olharmos a educação como um todo.
A professora falou ainda das políticas públicas de investimento no ensino superior, e do porquê da precarização da educação, de alguns anos para cá. Ela vê uma mercantilização doconhecimento, no país, com incentivo dos últimos governos. Esclareceu a ligação da situação atual da greve com as decisões políticas, nacionais e internacionais, tomadas desde os tempos da ditadura. Após a palestra houve um debate, no qual alunos e professores puderam fazer perguntas.
A platéia ficou satisfeita com a realização do evento e gostou da ideia de mais atividades durante a greve. “Se a ideia da paralisação é mobilizar os estudantes, a universidade tem que estar sempre ocupada nesse período”, afirmou o estudante João Pedro Soares, do primeiro período de Jornalismo.
A atividade seguinte aconteceu na última quarta-feira, 30, às 18h na sala C100 do Iacs. A professora Kátia Lima, especialista em Reuni, complementou o que Andréa Vale já começou a esclarecer: “o Reuni desune”, afirmou Andréa. “É importante aproveitar esse tempo em que estaríamos em aulas para trazer discussões que seriam abordadas dentro de sala”, explicou Nery. A intenção dos professores é que haja ao menos uma atividade por semana, para não deixar os alunos se dispersarem. Vale lembrar que os debates não contam como aula dada, mas ensinam muito sobre como o ensino superior é tratado em nosso país.
Foto: Douglas Nascimento
Os estudantes do Iacs se reuniram numa assembleia geral e decidiram que também vão aproveitar a greve para realizar atividades. A primeira foi um sarau, organizado pelos Diretórios Acadêmicos de todo o Instituto, para a confecção de material para chamar mais estudantes a aderirem à greve. Na praia do Iacs, ao som de samba e no clima amistoso da casa rosa, os estudantes exercitaram a criatividade para formular frases que atraíssem a atenção de estudantes que ainda não se mobilizaram. Frases como “pior que greve é greve pela metade” chamavam a atenção dos passantes.
Segundo a estudante do quarto período de Jornalismo Jéssica Pietrani, que também participa do Diretório Acadêmico de Comunicação Social (Daco), é importante que os estudantes compreendam o porquê da greve e seus objetivos para que a mobilização não se perca.“Se não houver mobilização, a greve não consegue atingir o seu objetivo”, pontuou.
Os diretórios acadêmicos pretendem manter uma agenda para todo o o período de greve. As atividades no Iacs tendem a ser mais lúdicas, pois assim atraem mais os estudantes do Instituto. Entre as faixas confeccionadas no sarau, algumas chamavam os estudantes para mais uma assembleia geral dos estudantes da UFF.
Está na hora de levantar da cadeira do computador e parar de só reclamar da greve nas redes sociais. Por falar nelas, os eventos estão sendo divulgados por essas redes e pelas listas de e-mail, fique de olho. O Daco também tem uma página com o calendário de atividades de greve.
Outra atividade de greve programada para este mês é a quarta edição do seminário Controversas, que discutirá Caminhos do Jornalismo Cultural. O evento está programado para dia 18 de junho, a partir das 18h, e já tem confirmadas as presenças de seis jornalistas, todos ex-alunos do Iacs. São eles a editora da Revista de História da Biblioteca Nacional, Vivi Fernandes; o jornalista, humorista e roteirista de humor Ulisses Mattos; a assessora de eventos e imprensa da Fundação Roberto Marinho Cláudia Lamego; a professora universitária e ex-repórter de Cultura Alda Maria Almeida; a produtora editorial da Reader´s Digest Flávia Midori e a editora da agência EFE Táia Rocha.
Segundo a estudante do quarto período de Jornalismo Jéssica Pietrani, que também participa do Diretório Acadêmico de Comunicação Social (Daco), é importante que os estudantes compreendam o porquê da greve e seus objetivos para que a mobilização não se perca.“Se não houver mobilização, a greve não consegue atingir o seu objetivo”, pontuou.
Os diretórios acadêmicos pretendem manter uma agenda para todo o o período de greve. As atividades no Iacs tendem a ser mais lúdicas, pois assim atraem mais os estudantes do Instituto. Entre as faixas confeccionadas no sarau, algumas chamavam os estudantes para mais uma assembleia geral dos estudantes da UFF.
Está na hora de levantar da cadeira do computador e parar de só reclamar da greve nas redes sociais. Por falar nelas, os eventos estão sendo divulgados por essas redes e pelas listas de e-mail, fique de olho. O Daco também tem uma página com o calendário de atividades de greve.
Outra atividade de greve programada para este mês é a quarta edição do seminário Controversas, que discutirá Caminhos do Jornalismo Cultural. O evento está programado para dia 18 de junho, a partir das 18h, e já tem confirmadas as presenças de seis jornalistas, todos ex-alunos do Iacs. São eles a editora da Revista de História da Biblioteca Nacional, Vivi Fernandes; o jornalista, humorista e roteirista de humor Ulisses Mattos; a assessora de eventos e imprensa da Fundação Roberto Marinho Cláudia Lamego; a professora universitária e ex-repórter de Cultura Alda Maria Almeida; a produtora editorial da Reader´s Digest Flávia Midori e a editora da agência EFE Táia Rocha.
Vídeo: Vinícius Damazio
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